quem somos
A União nasceu no dia 28 de Novembro na Cidade de Viseu pela vontade de um grupo de Doentes procedentes dos vários concelhos do mesmo Distrito .
Com o aumento da Fibromialgia doença cronica e em ultimo caso altamente incapacitante no nosso Distrito,esperamos chegar a mais doentes e seus familiares.
Igualmente a sensibilização para a Fibromialgia na população que ainda desconhece esta patologia.
O QUE É A FIBROMIALGIA?
A partir de meados do século XIX foram reconhecidas as manifestações clínicas sugestivas do diagnóstico de Fibromialgia. O termo fibrosite foi proposto por Gowers,em 1904, para designar as síndromes dolorosas sistêmicas, ou regionais, que cursavam com aumento da sensibilidade dolorosa musculoesquelética, sem manifestações inflamatórias, acompanhadas de fadiga e distúrbios do sono.
Em 1939, Lewis eKellgren tentaram reproduzir essa síndrome por meio de injeção de salina hipertônica em grupamentos musculares, porém seus resultados foram controversos. Os termos fibrosite e reumatismo psicogênico foram utilizados, durante as décadas de 50 e 60, sem muita discriminação e critério.
Esta doença crónica está reconhecida pela Organização Mundial de Saúde desde o final da década de 1970 e estima-se que em Portugal atinga cerca de 300 mil pessoas (particularmente mulheres com idade entre os 30 e os 50 anos).
Em 1975, foram evidenciados distúrbios do sono presentes nessa síndrome que passou a ser reconhecida como uma entidade clínica, sob a denominação de Fibromialgia.
Na década de 80, diversos autores tentaram estabelecer critérios diagnósticos mais precisos para a Fibromialgia. Em 1990, o Colégio Americano de Reumatologia publicou um estudo realizado em dezasseis centros especializados localizados nos Estados Unidos e no Canadá que foi conduzido por um período de quatro anos, envolvendo 293 pacientes com Fibromialgia e 265 controles, os quais apresentavam condições clínicas facilmente confundíveis com a Fibromialgia.
Após esta pesquisa, foi proposta como um dos critérios diagnósticos para a Fibromialgia a presença de queixas dolorosas difusas, por um período maior do que três meses, com distribuição somática nos quatro quadrantes do corpo e a presença de dor em pelo menos onze de dezoito pontos anatómicamente padronizados. A Fibromialgia caracteriza-se «por queixas dolorosas neuromusculares difusas. Outras manifestações que acompanham também as dores são a fadiga, as perturbações do sono e os distúrbios emocionais», segundo o site da Sociedade Portuguesa de Reumatologia.A dor associada à fibromialgia é descrita frequentemente como uma dor constante e incómoda, normalmente resultante dos músculos. Para ser considerada generalizada, a dor deve ocorrer em ambos os lados do seu corpo, acima e abaixo da cintura.
A fibromialgia caracteriza-se por uma dor adicional quando é exercida uma forte pressão em áreas específicas do corpo, designadas por pontos sensíveis. As localizações desses pontos sensíveis incluem:
As pessoas que sofrem de fibromialgia acordam frequentemente cansadas, embora afirmem dormir durante longos períodos de tempo. O sono é frequentemente interrompido por dores e muitos pacientes com fibromialgia têm outros distúrbios do sono, como a síndroma das pernas inquietas e apneia do sono, que agravam ainda mais os sintomas.
Condições coexistentes
Muitas pessoas que sofrem de fibromialgia podem também sofrer de:
Para ser considerado como positivo o sinal doloroso de cada ponto testado, deveria apresentar presença de desconforto doloroso local após compressão com até 4 Kgf/cm2, usando-se para este fim um dolorímetro (aparelho que provoca pressão e dor em um ponto, permitindo mensurar, quando acoplado a um dinamômetro, a quantidade de pressão que causa a dor).
A combinação de ambos os critérios apresentou sensibilidade de 84,4% e especificidade de 81,1%. Em 1993, a Organização Mundial da Saúde adotou este protocolo, reconhecendo oficialmente a fibromialgia..
Em 1990 o Colégio Americano de Reumatologia adoptou os seguintes critérios de diagnóstico:
Duração superior a três meses de:
1. Dor generalizada por todo o corpo;
A dor é considerada generalizada quando se verificam: dor do lado esquerdo e do lado direito do corpo, dor acima da cintura e abaixo da cintura e dor no esqueleto axial (coluna cervical ou tórax anterior ou coluna dorsal ou coluna lombar).
2. Dor à palpação digital em 11 de 18 pontos;
E, pelo menos, mais dois dos quatro sintomas seguintes:
1. Fadiga
2. Alterações do sono
3. Perturbações emocionais
4. Dores de cabeça
Apesar de não existirem exames específicos laboratoriais ou radiológicos que permitam diagnosticar a Fibromialgia, esses testes ajudam ao descartar outras doenças com sintomas semelhantes que são também característicos de muitas outras doenças. Estes são também importantes quando definem outro diagnóstico e excluem a Fibromialgia.
A longa lista de afecções que apresentam diagnóstico diferencial com a Fibromialgia e a gravidade e tratamento específico que muitas dessas entidades possuem levam muitos médicos a considerá-la como um ‘diagnóstico de exclusão’.
Diagnóstico Diferencial prático do doente fibromiálgico
Doença reumática
Artrite reumatóide
Lupus eritematoso sistemático
Espondilite anquilosante
Polimiosite
Síndrome de Sjögren
Polimialgia reumática
Reumatismo abarticular politópico
Osteomalácea
Osteoporose (microfracturas)
Doença vertebral degenerativa
Síndrome de dor miofascial
Doenças musculares
Miopatias inflamatórias
Miopatias de causa metabólica
Doenças endócrinas
Hipotiroidismo
Hipertiroidismo
Hiperparatiroidismo
Insuficiência supra-renal
Doenças infecciosas
Síndrome pós-viral (Epsteinn-Barr e VIH)
Doenças Neurológicas
Doença de Parkinson
Miastenia Gravis
Doenças Neoplásicas
Mieloma múltiplo
Metastização tumoral
Doenças Psiquiátricas
Neurose (depressão/ansiedade)
Transtorno por somatização
Síndrome de fadiga crónica
Síndrome Miofascial
Disfunção da articulação temporo-mandibular
CAUSAS
Pensa-se que existe um aumento da sensibilidade à dor, devido a alterações dos neurotransmissores e do processamento da dor, tanto a nível do sistema nervoso periférico como do sistema nervoso central, que conduz a situações de hipersensibilidade a estímulos externos.
Entre estes pode-se incluir:
Norma dirigida aos Médicos do Sistema de Saúde.Norma nº 017/2016 DGS de 27/12/2016 atualizada a 13/07/2017
Abordagem Diagnóstica da Fibromialgia
A informação é, por isso, determinante. Partilhe-a.
Com o aumento da Fibromialgia doença cronica e em ultimo caso altamente incapacitante no nosso Distrito,esperamos chegar a mais doentes e seus familiares.
Igualmente a sensibilização para a Fibromialgia na população que ainda desconhece esta patologia.
O QUE É A FIBROMIALGIA?
A partir de meados do século XIX foram reconhecidas as manifestações clínicas sugestivas do diagnóstico de Fibromialgia. O termo fibrosite foi proposto por Gowers,em 1904, para designar as síndromes dolorosas sistêmicas, ou regionais, que cursavam com aumento da sensibilidade dolorosa musculoesquelética, sem manifestações inflamatórias, acompanhadas de fadiga e distúrbios do sono.
Em 1939, Lewis eKellgren tentaram reproduzir essa síndrome por meio de injeção de salina hipertônica em grupamentos musculares, porém seus resultados foram controversos. Os termos fibrosite e reumatismo psicogênico foram utilizados, durante as décadas de 50 e 60, sem muita discriminação e critério.
Esta doença crónica está reconhecida pela Organização Mundial de Saúde desde o final da década de 1970 e estima-se que em Portugal atinga cerca de 300 mil pessoas (particularmente mulheres com idade entre os 30 e os 50 anos).
Em 1975, foram evidenciados distúrbios do sono presentes nessa síndrome que passou a ser reconhecida como uma entidade clínica, sob a denominação de Fibromialgia.
Na década de 80, diversos autores tentaram estabelecer critérios diagnósticos mais precisos para a Fibromialgia. Em 1990, o Colégio Americano de Reumatologia publicou um estudo realizado em dezasseis centros especializados localizados nos Estados Unidos e no Canadá que foi conduzido por um período de quatro anos, envolvendo 293 pacientes com Fibromialgia e 265 controles, os quais apresentavam condições clínicas facilmente confundíveis com a Fibromialgia.
Após esta pesquisa, foi proposta como um dos critérios diagnósticos para a Fibromialgia a presença de queixas dolorosas difusas, por um período maior do que três meses, com distribuição somática nos quatro quadrantes do corpo e a presença de dor em pelo menos onze de dezoito pontos anatómicamente padronizados. A Fibromialgia caracteriza-se «por queixas dolorosas neuromusculares difusas. Outras manifestações que acompanham também as dores são a fadiga, as perturbações do sono e os distúrbios emocionais», segundo o site da Sociedade Portuguesa de Reumatologia.A dor associada à fibromialgia é descrita frequentemente como uma dor constante e incómoda, normalmente resultante dos músculos. Para ser considerada generalizada, a dor deve ocorrer em ambos os lados do seu corpo, acima e abaixo da cintura.
A fibromialgia caracteriza-se por uma dor adicional quando é exercida uma forte pressão em áreas específicas do corpo, designadas por pontos sensíveis. As localizações desses pontos sensíveis incluem:
- parte de trás da cabeça
- entre as omoplatas
- parte superior dos ombros
- lados da frente do pescoço
- parte superior do tórax
- face exterior dos cotovelos
- parte superior das ancas
- lados das ancas
- lado interno dos joelhos
As pessoas que sofrem de fibromialgia acordam frequentemente cansadas, embora afirmem dormir durante longos períodos de tempo. O sono é frequentemente interrompido por dores e muitos pacientes com fibromialgia têm outros distúrbios do sono, como a síndroma das pernas inquietas e apneia do sono, que agravam ainda mais os sintomas.
Condições coexistentes
Muitas pessoas que sofrem de fibromialgia podem também sofrer de:
- cansaço
- ansiedade
- depressão
- endometriose
- cefaleias
- síndroma do intestino irritável
Para ser considerado como positivo o sinal doloroso de cada ponto testado, deveria apresentar presença de desconforto doloroso local após compressão com até 4 Kgf/cm2, usando-se para este fim um dolorímetro (aparelho que provoca pressão e dor em um ponto, permitindo mensurar, quando acoplado a um dinamômetro, a quantidade de pressão que causa a dor).
A combinação de ambos os critérios apresentou sensibilidade de 84,4% e especificidade de 81,1%. Em 1993, a Organização Mundial da Saúde adotou este protocolo, reconhecendo oficialmente a fibromialgia..
Em 1990 o Colégio Americano de Reumatologia adoptou os seguintes critérios de diagnóstico:
Duração superior a três meses de:
1. Dor generalizada por todo o corpo;
A dor é considerada generalizada quando se verificam: dor do lado esquerdo e do lado direito do corpo, dor acima da cintura e abaixo da cintura e dor no esqueleto axial (coluna cervical ou tórax anterior ou coluna dorsal ou coluna lombar).
2. Dor à palpação digital em 11 de 18 pontos;
E, pelo menos, mais dois dos quatro sintomas seguintes:
1. Fadiga
2. Alterações do sono
3. Perturbações emocionais
4. Dores de cabeça
Apesar de não existirem exames específicos laboratoriais ou radiológicos que permitam diagnosticar a Fibromialgia, esses testes ajudam ao descartar outras doenças com sintomas semelhantes que são também característicos de muitas outras doenças. Estes são também importantes quando definem outro diagnóstico e excluem a Fibromialgia.
A longa lista de afecções que apresentam diagnóstico diferencial com a Fibromialgia e a gravidade e tratamento específico que muitas dessas entidades possuem levam muitos médicos a considerá-la como um ‘diagnóstico de exclusão’.
Diagnóstico Diferencial prático do doente fibromiálgico
Doença reumática
Artrite reumatóide
Lupus eritematoso sistemático
Espondilite anquilosante
Polimiosite
Síndrome de Sjögren
Polimialgia reumática
Reumatismo abarticular politópico
Osteomalácea
Osteoporose (microfracturas)
Doença vertebral degenerativa
Síndrome de dor miofascial
Doenças musculares
Miopatias inflamatórias
Miopatias de causa metabólica
Doenças endócrinas
Hipotiroidismo
Hipertiroidismo
Hiperparatiroidismo
Insuficiência supra-renal
Doenças infecciosas
Síndrome pós-viral (Epsteinn-Barr e VIH)
Doenças Neurológicas
Doença de Parkinson
Miastenia Gravis
Doenças Neoplásicas
Mieloma múltiplo
Metastização tumoral
Doenças Psiquiátricas
Neurose (depressão/ansiedade)
Transtorno por somatização
Síndrome de fadiga crónica
Síndrome Miofascial
Disfunção da articulação temporo-mandibular
CAUSAS
Pensa-se que existe um aumento da sensibilidade à dor, devido a alterações dos neurotransmissores e do processamento da dor, tanto a nível do sistema nervoso periférico como do sistema nervoso central, que conduz a situações de hipersensibilidade a estímulos externos.
Entre estes pode-se incluir:
- Genética. Uma vez que a fibromialgia tende a ser hereditária, poderão existir certas mutações genéticas que o tornem mais susceptível a desenvolver a doença.
- Infecções. Algumas doenças parecem desencadear ou agravar a fibromialgia.
- O stress psicológico (preocupação, ansiedade) favorece este mecanismo, além de aumentar também a tensão que se transmite aos músculos, aumentando a dor.
- O doente não reconhece uma causa definida para a dor persistente, mas sabe-se que. pode estar relacionada com um evento traumático passado, físico ou psicológico"
Norma dirigida aos Médicos do Sistema de Saúde.Norma nº 017/2016 DGS de 27/12/2016 atualizada a 13/07/2017
Abordagem Diagnóstica da Fibromialgia
A informação é, por isso, determinante. Partilhe-a.